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  • Foto do escritorRaquel Oliveira

A Maldição da Mansão Bly

Série: A Maldição da Mansão Bly

Duração: 9 episódios (1 temporada)

Gênero: Drama/Mistério

Disponível: Netflix

Sinopse: "A história principal acompanha Dani Clayton (Victoria Pedretti, um dos vários rostos de "Residência Hill" no elenco), americana vivendo há seis meses em Londres que, em 1987, aceita uma posição como babá para dois órfãos, os irmãos Miles (Benjamin Ainsworth) e Flora (Amelie Bea Smith)."

Nota: 10/10

Crítica:


Em um clima de véspera de um casamento, um grupo de amigos e convidados se reúnem para conversar até que uma mulher inicia a contar uma história antiga. Essa história era sobre uma moça que vai trabalhar em uma fabulosa mansão para cuidar de duas crianças.


No seriado, essa moça se chama Dani e ela é muito qualificada para ser mais do que uma mera tutora de duas crianças, mas ela aceita o emprego. Ela é contrata por Henry Wingrave, um homem rico cujo "cuida" de seus sobrinhos, Miles e Flora, já que os pais das crianças haviam falecidos durante uma viagem. Henry, havia enviado as duas crianças para uma cidade ao sul da Inglaterra e parecia não ter nenhum contato com as crianças, tanto que uma das exigências para que Dani fosse trabalhar lá era que nunca, em hipótese alguma, entrasse em contato com ele (Henry), ao menos que uma das crianças chegasse a morrer.

Ao chegar em Bly, Dani conhece 5 pessoas: Hannah Grose (a governanta); Owen Sharma (o cozinheiro); Jamie (a jardineira) e as duas crianças cujo irá cuidar, Miles Wingrave e Flora Wingrave.

Os primeiros dias em Bly eram ótimos e encantadores, mas logo tudo muda quando Dani começa a ser assombrada por uma lembrança do seu passado e partir disso outras coisas vão acontecendo envolvendo Flora e a mansão.

Dani descobre sobre sua antecessora, Sra. Jessel e Peter Quint, dois funcionários de Henry que viviam na mansão. A protagonista começa a ser "visitada" por Peter Quint, que possui uma má fama da mansão por seu caráter, pela influência em Miles e pelo possível acontecimento com Jessel. Não demora muito para que Jessel comece a aparecer para Dani também e é partir desse mistério envolvendo Peter e Jessel que a história começa a andar.


Os mistérios de Bly e o trauma do passado de Dani ficam mais intensos e confusos conforme os episódios seguem.


A narrativa do seriado pode ser um pouco sem nexo e demora bastante até responder as perguntas de quem assiste, MAS isso faz com que a pessoa se prenda e crie varias teorias para as suas próprias perguntas.

Em paralelo as possíveis loucuras de Dani (moça loira ao lado) o seriado traz um romance lésbico inesperado entre Dani e Jamie. Embora seja um pouco no estilo clichê o romance das duas, tudo flui de uma forma muito natural e respeitosa onde Jamie entende o trauma de Dani e a ajuda com isso.

O romance e o trauma de Dani são duas coisas muito importante, talvez nem tanto para a história da série, mas mostra o quanto nos forçamos algo, neste caso a culpa. Enquanto o relacionamento das duas é algo mais maduro e compreensivo onde uma tenta ajudar a outra. Além disso o contexto da época não é citado tão diretamente, temos um pouco de noção de qual seria a década, mas nada com exata certeza e isso é mostrado em varios pontos, como roupas, decoração, palavras e etc, mas talvez o principal fato seja que os duas só poderiam oficializar as coisas no papel depois de muita luta contra o preconceito.


A história termina com uma grande pergunta: A história foi real?

No começo da crítica foi citado que uma pessoa narra a história, mas no final do seriado a pergunta se a história realmente aconteceu ou não (dentro do contexto da série), muita gente diz que sim, devido a um fato que acontece no final da narração, mas deve ser lembrado que em nenhum momento foi realmente confirmado, apenas deixou a probabilidade já que uma das pessoas que estava ouvindo a história possui o mesmo nome de uma das personagens.


A série traz um novo conceito de como os fantasmas são e dentro da série isso é muito bem trabalhado, as vezes dão um susto e criam um clima de tensão bem forte, mas nada que chegue a dar tanto medo assim, pois cada um está ali por um motivo "compreensivo" e as maiores revelações estão entre os episódios 8 e 9.

O conceito de fantasmas e vivos em Bly é algo bem simples, mas muito profundo vindo da teoria das memorias, enquanto um vivo se lembrar e interagir com o fantasma o espirito continuar como se estivesse entre os vivos podendo fazer praticamente o mesmo que um vivo faz.


"A Maldição da Mansão Bly" é considerada a segunda temporada de "A Maldição da Residência Hill", mas aos meus olhos isso é um tanto exagerado. Sim, ambas possuem referencias uma a outra. Sim, ambas possuem muitos atores em comum. Sim, ambas forma produzidas pela mesma equipe técnica (produção).

Ela possuem muitaaas coisas semelhantes, porém são duas histórias diferentes sem ligações, ou seja, não importa qual a ordem entre elas que você assista já que elas não são continuações uma da outra, além disso ambas as histórias são de fontes diferentes.

"A Maldição da Residência Hill" vem do livro "A Assombração da Casa da Colina" de Shirley Jackson.

"A Maldição da Mansão Bly" vem do livro "Outra Volta do Parafuso" de Henry James.


Vale lembrar que por ser uma adaptação, "A Maldição da Mansão Bly" possuem grandes diferenças em relação ao livro de Henry e isso vai de gosto, pois a série é bem mais fechada do que o livro, mas um não cancela o outro.

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