Labirinto
- Raquel Oliveira
- 26 de jan. de 2021
- 4 min de leitura
Livro: Labirinto
Autor: Jim Henson/ Brian Froud e A.C.H. Smith
Gênero: Fantasia
Editora: Darkside
Nota: 5/10
Sinopse: "Trinta anos sem perder a magia. Tudo começou em um pequeno “labirinto” real na cabeça de James Maury, mais conhecido pelo nome de Jim Henson. O cartunista, músico, roteirista, designer e diretor sabia acessar como ninguém o coração das pessoas e o seu maior dom foi dar vida a seres inanimados. A nova geração pode não lembrar do seu nome, mas com certeza tem seus personagens gravados na memória: Os Muppets, Vila Sésamo, Muppets Babies e até a inesquecível Família Dinossauro. Além deste, Henson também criou fábulas como “Labirinto”, em parceria com George Lucas, filme que encantou toda uma geração quando foi lançado, há 30 anos, com David Bowie como Jareth, o Rei dos Duendes, e também responsável pela trilha sonora, e uma jovem Jennifer Connelly no papel de Sarah, a protagonista que deseja que os duendes levem Toby, seu meio irmão e – para seu espanto – é atendida. Arrependida, ela é desafiada pelo Rei dos Duendes a atravessar o sombrio Labirinto, repleto de perigos e seres mágicos.
A novelização de Labirinto finalmente é publicada em português, em uma edição à altura do mestre. Escrita por A.C.H. Smith em parceria com Henson, a edição apresenta pela primeira vez as ilustrações dos duendes feitas por Brian Froud, que trabalhou no filme, além de trechos inéditos e nunca vistos com 50 páginas do seu diário, detalhando a concepção inicial de suas ideias para Labirinto, comemorando os 30 anos do filme em grande estilo."
Resenha:

Você tem irmãos casulas? Em algum momento de raiva você já desejou que ele ou ela sumisse? Pois bem, Sarah desejou que seu meio-irmão casula, Toby, fosse levado pelo duendes devido a relação da garota com sua madrasta.
O livro começa mostrando como funciona o atual relacionamento de Sarah com sua família, seus pais são divorciados e embora ela aparenta ter uma "boa relação" com o seu padrasto, a situação com a madrasta não é das melhores e isso afeta diretamente com a relação com Toby. Ela ama Toby por ser filho do seu pai, mas o odeia por ser filho de sua madrasta.
Certa vez Sarah precisou ficar com Toby para que seu pai e sua madrasta possam sair causando raiva na menina pelo modo como sua madrasta a ataca e nesse momento podemos ver um pouco mais da situação das duas, em como Sarah é desconfiada e detesta sua madrasta de todas as maneiras por acreditar que seu pai prefere a atual esposa do que ela e por ter esquecido completamente a mãe de Sarah, também vemos um pouco sobre o lado da madrasta que já esta cansada das atitudes grosseiras de sua enteada.
Nesta mesma noite, após a saída dos adultos, Toby começa a chorar com as coisas que Sarah faz (vale lembrar que Toby é um bebê de +/- 1 ano), com o choro Sarah fica irritada e chama os duendes para levar a criança, mesmo não acreditando isso realmente acontece e assim Sarah conhece Jareth, o rei dos duendes.

O livro possui uma anexo do criador do filme com rascunhos de desenhos e anotações.
O problema é que Sarah se arrepende e tenta negociar com Jareth, falhando o rei dos duendes oferece a ela um cristal de sonhos, mesmo assim a garota nega o presente, então o Rei diz a ela que se realmente quiser seu irmão, ela terá 13 horas parra atravessar o labirinto, caso contrário Toby se tornará um duende para sempre.
A partir dai a história começa.
O livro possuí capítulos bem longos com altos e baixos na fluidez, as vezes dá pra ler três capítulos de uma vez e as vezes fica dois dias preso no mesmo capítulo.
Devo dizer que as melhores partes do livro, aos meus olhos, foram as cenas em Jareth aparece e digo isso não porque o admiro como vilão, mas sim porque ele é o ar que nos faz respirar na história. Jareth é quem faz a trama andar sempre dificultando as coisas para Sarah e com seu drama sobre a tristeza de não ter mais crianças para sequestrar.
Já a protagonista, Sarah, não passa de uma menina mimada e que só sabe reclamar, o comportamento dela durante o livro me fez questionar muito sobre seu caráter, afinal, ela reclama de Jareth, mas esquece que foi ela quem o chamou (mesmo que na inocência). Ela reclama tanto de tudo e todos que passa o ar de ingrata com quem tenta ajuda-la e ainda trás o questionamento se sua madrasta é realmente tão má como ela a descreve no começo.

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