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  • Foto do escritorRaquel Oliveira

Os Romanov: O Fim da Dinastia

Autor: Robert K. Massie

Gênero: Biografia

Editora: Rocco

Nota: 9/10

Sinopse: Em julho de 1991, nove esqueletos foram exumados de uma cova rasa perto de Ekaterinburg, na Sibéria, a pouca distância do infame porão onde o último czar e sua família foram assassinados setenta e três anos antes. Mas seriam aqueles os ossos dos Romanov? E se fossem, descobertos após mais de sete décadas, onde estariam os ossos dos dois mais jovens, supostamente mortos junto com a família? Os Romanov: o fim da dinastia traz as respostas, contando os horripilantes momentos do massacre, revelando a culpa e a dissimulação de Lênin e seus comparsas, e relatando em detalhes dramáticos e cheios de suspense as bem-sucedidas tentativas para descobrir a verdade na Rússia pós-comunista. Este livro singular, escrito à maneira de uma história de detetives por Robert K. Massie, historiador e ganhador do Prêmio Pulitzer de literatura, traz um panorama vívido povoado por figuras contemporâneas, a começar por dois investigadores russos que, enfrentando tremendas adversidades, acabam encontrando o lugar secreto em que foram enterrados os corpos da família imperial russa. Aqui são relatados os papéis fundamentais do secretário de Estado dos Estados Unidos, James Baker, do presidente da Rússia, Boris Yeltsin, e do príncipe Philip da Inglaterra. Uma acirrada disputa entre uma equipe de cientistas russos e outra de norte-americanos, que inclui o dr. William Maples e Michael Baden, além de ferrenhos antagonistas com alta formação em ciências forenses cujas descobertas, somadas às de cientistas especializados em pesquisas de DNA na Rússia, Estados Unidos e Inglaterra, contribuíram para solucionar o mistério. A falta de dois esqueletos na cova comum deu margem ao aparecimento de vários reivindicantes ao trono da Rússia. Seria Anna Anderson, citada e famosa durante mais de sessenta anos em notícias de jornal, livros e filmes, a grã-duquesa Anastácia? Se não era a grã-duquesa, quem era ela?

Resenha:

A obra retrata todos os procedimentos do massacre dos Romanov, começando diretamente pelo exato momento em que eles são brutalmente mortos e a partir disso uma serie de fatos sobre o por quê e como tudo ocorreu.

Literalmente no começo do livro, por volta da terceira página, já temos as descrições super detalhadas sobre cada integrante da família sendo assassinada juntamente com certos criados particulares e incluindo o cachorro que sempre estava junto da família.

A proposta do livro é bem real com as expectativas. Dividido em quatro partes, o livro explica sobre o posicionamento politico e econômico em que a Rússia se encontrava, além de explicar sobre os pontos e possíveis planos para o futuro do país.

A primeira parte (capítulo 1 ao 12): Os Ossos.

Aqui começamos a saber como os restos mortais foram escondidos e encontrados, é bastante detalhado o processo e o autor trás bastante sobre como o governo russo escondeu sobre o que de fato aconteceu.

Robert (o autor) é extremamente técnico e não mediu palavras para descrever sobre a situação dos ossos da família de Nicolau II.

Foi algo muito bom de saber sobre os acordos e tramas para "salvar" a Russia do governo do Czar (titulo de Imperador da Rússia), Lênin é sitado no livro querendo usar Nicolau como marionete politico em "nome do povo", acordos eram feitos para saber como dar um fim na família depois que eles não fossem mais uteis, a Alemanha tentava resgatar Alexandra (esposa de Nicolau) e suas filhas, pois ela era de origem alemã.

Foi só em 1991 que os restos da família imperial foram desenterrados, os corpos então se encontravam terrivelmente mutilados. Os crânios estavam destruídos e várias partes das carcaças estavam bem corrompidas devido à queima e ao uso de ácido. Não havia dúvidas que o assassinato da família tinha sido cruel.

Ainda assim o novo governo russo passou anos escondendo do mundo o que de fato tinha acontecido, mas quando veio a tona surgiu um novo mistério, ainda faltavam corpos, isso foi a brecha para que surgissem teorias de que membros da família real tivessem sobrevivido.


A Segunda Parte (capítulo 13 ao 18): Anna Anderson

Esta foi a minha parte favorita do livro, pois adoro desse caso!

Depois da notícia de que Alexei e uma das meninas ainda estavam desaparecidos, as histórias ganharam ainda mais força, porém a mais conhecida de todas é a Anna Anderson, uma mulher de origem polonesa que alegava ser a Anastásia.


A esquerda está Anastásia e ao lado temos Anna Anderson.


Anna ganhou fama ao contar como sobreviveu e passou a maior parte da vida vivendo de favores por conta do seu alegado nome, além do que a mulher ainda repetia determinados detalhes que, na época, poderiam de fato fazer acreditar que ela realmente era Grã-Duquesa Anastásia. Algumas investigações contradiziam a sua história e a própria imperatriz viúva, Maria, se negou a receber Anna Anderson. A luta foi até os tribunais e nunca ficou comprovado se ela era ou não quem dizia ser.

Embora no ano de 2007 foram encontrados em uma cova os restos dos outros membros faltantes, as diversas especulações da sobrevivência de Anastásia e de Alexei chegaram ao fim, infelizmente a publicação do livro é anterior a descoberta então Robert (o autor) não teve anexar mais detalhes sobre o reconhecimento dos dois corpo e nem como foi este processo.


Terceira Parte (capítulo 19): Os Sobreviventes

Mesmo que o foco fosse Nicolau e sua família (esposa, filhas e filho), houve uma grande caçada a toda a extensão dos Romanov, por receio de que algum dos integrante da família tentasse assumir o poder do país e isso acabou causando a morte de um grande número de pessoas.

Algum tempo depois do massacre vários membros da família foram assassinados, mas alguns conseguiram escapar do país e até hoje é capaz de encontrar alguém com o nome da família de Nicolau.


Quarta/Última Parte (capítulo 20): A Casa de Ipatiev

A Casa de Ipatiev foi o cenário do caveiro dos Romanov, assim que houve o ato de tira-los do poder os lideres da revolução os mantiveram vivos, embora houve um número muito grande de pessoas contra o Ex-imperador, Nicolau ainda era muito popular na Rússia e muito influente fora do país. Levando isso em conta a família foi mantida viva por um tempo em isolamento nesta casa até o dia do massacre (eles foram mortos no porão da casa).

Apesar do que aconteceu, a casa foi demolida em 1928 e no local foi construída uma igreja em homenagem os Romanov.



O livro é extremamente descritivo, mas MUITO bom para quem gosta de história e quer saber detalhes extremos do que ocorreu.

Não posso deixar de negar que o livro se torna pesado e cansativo pelo o modo como o autor descreve cada detalhe, porém isso não interferiu no meu gosto, pois já sabia que ia ser assim!

Apesar de ser uma leitura muito cansativa e difícil eu adorei saber mais no lado politico da história, algo que quase não é citado, já que o mundo transformou a família imperial em vitimas, deve ser lembrado que a Rússia sofria de sérios problemas como o facto de se encontrar sob uma governação autocrática pelo Czar Nicolau II, uma economia rural e desorganizada. Além disso, a Rússia era palco de várias tensões sociais e políticas: com uma burguesia incipiente além do desgaste que o país enfrentava depois da Guerra da Criméia.

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